sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pucci Style


Emilio Pucci/Marquês de Barsento  nasceu em Nápoles, Itália, em 1914, e pertencia a uma das mais antigas e mais importantes famílias da aristocracia italiana. Cresceu em Florença em um palácio coberto por obras de arte renascentistas, mas após ter finalizado seus estudos em ciências sociais nos Estados Unidos parece ter absorvido também a modernidade das culturas de vanguarda que ali surgiram. Era um apaixonado por esportes, em especial o esqui, e foi justamente inspirado em roupas esportivas que libertou a mulher, tornando-se um fenômeno de moda nos anos 50. Na contramão da alta-costura parisiense, que perseguia uma estética rígida e formal, a roupa, segundo Pucci, perdia o volume, o acúmulo de camadas para privilegiar a natureza feminina. As cores ousadas, seus tecidos pintados, estampados ou bordados e o seu ecletismo influenciariam o gosto definitivamente.

Pucci sempre desenhou tudo sozinho.  Em seu trabalho, podemos destacar raízes clássicas; dos pintores do Renascimento e modernas; da op Art, Pop Art, psicodelismo, movimentos dos anos 60. É deste período, em que há uma grande interação entre moda, design, música e ciência, as maiores criações do “príncipe das estampas”, como ficou conhecido na imprensa americana. Seus prints vibrantes também tiveram forte inspiração na natureza, especialmente nas paisagens da ilha de Capri e nas culturas orientais e africanas.

Definindo-se sempre, como um artesão da moda – “Nasci alfaiate e considero-me como tal. Meu trabalho é o trabalho de um artesão cujos objetivos são a qualidade e o estilo” -, recusou-se a descentralizar sua produção. Auxiliado por sua filha Laudomia, que assumiu a empresa em 1992, quando ele morreu, transformou o seu negócio em um laboratório de pesquisa.

Com suas formas simples e tubulares, suas túnicas e as famosas calças Capri, além das estampas poliédricas foi desencadeada uma verdadeira “puccimania” perpetuando um estilo único através dos tempos.