domingo, 31 de outubro de 2010

Kaftans Marroquinos

Wedding Kaftan, Fès, século XX.

Woman's Wedding Kaftan, Marrakech, século XIX.

Woman's Kaftan, Tétouan, século XIX.

Woman's Wedding Kaftan, Rabat ou Salé, século XIX.

"Wedding Belt" hzom, Fès ou Tétouan, século XIX.


Os primeiros textos marroquinos que mencionam os kaftans datam do século XIV. Os kaftans foram introduzidos no Oriente Islâmico sob os Abbasids (ou Califado de Abbasid; terceiro califado islâmico que se estabeleceu, em 762, em Bagdá). Já eram usados pelos Partos (povo indo-europeu) e Persas.

O kaftan é uma túnica, longa, larga, sem gola e de mangas compridas de origem Persa, confeccionado com várias tiras de tecido, usado tanto por homens quanto por mulheres. É completamente aberto na frente e possui uma carreira de pequenos botões. Em geral, é bordado com fio de seda ouro ou prata, pedras ou passamanarias que adornam a sua frente, os ombros e as bordas das mangas. Durante as tradicionais cerimônias de casamento no Marrocos, a noiva troca freqüentemente de roupa. Em cada momento, ela veste um kaftan diferente para assinalar as diversas etapas do evento. É uma oportunidade também de mostrar todas as características de seu hzam, cinto, que tem a mesma importância do kaftan.

O Emir Abd ar-Rahman II (822-852), que conquistou a Andaluzia, onde fundou um emirado independente no século IX era apaixonado por cultura e trouxe o artista Zyriab de Bagdá. Assim, introduziu todo o refinamento do Oriente Islâmico ao Povo Andaluz: a música, a culinária e a arte da alfaiataria.

No início do século XV, a Andaluzia, então governada pelas dinastias Berebers, desenvolveu uma sensibilidade artística distinta, com novos gostos e aspirações que se espalharam pelo Mediterrâneo. Esta influência foi seguidamente sentida em cidades marroquinas como Fez, Rabat e Tétouan.

Em 1492, a reconquista Cristã culminou com a queda de Granada, o último reinado muçulmano da dinastia dos Sultões Nasrids (1238-1492).

Os reis Católicos ordenaram, então, a expulsão dos muçulmanos e judeus. Nos séculos XVI e XVII, multidões de exilados chegaram ao Marrocos, trazendo as últimas técnicas de costura em seda para as cidades do norte do país, difundindo assim o seu estilo de vestir.